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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Projeto Oficina Escola inaugura sala de marcenaria para aulas de Restauro Patrimonial





Os 12 estudantes assistidos pelo Projeto Oficina Escola ganharam um novo espaço para aulas práticas de marcenaria voltadas ao restauro de patrimônio histórico. Chamado de O ambiente, o espaço, com cerca de 115 m2, faz parte da recém-construída sede do projeto, no 2º GAC-L Regimento Deodoro.

As novas máquinas estacionárias que equipam a oficina de marcenaria foram doadas pelo Banco do Brasil. Segundo Raul de Souza Almeida, coordenador geral do Projeto Oficina Escola, o novo espaço permite aos alunos praticarem com maior assertividade as atividades de restauração em madeira. “A restauração de patrimônio histórico é algo delicado e que exige cuidado e precisão”, pontua Raul. “Nesse local os estudantes poderão praticar diversas atividades relacionadas ao restauro de peças e itens em madeira, colocando em prática as orientações e a teoria aprendida em aula.”

Entre os equipamentos que compõem a nova estrutura da marcenaria estão compressores e compressores de ar, serras de diferentes modelos e tipos, paquímetros, jogos de trenas, tulipa manual elétrica, kit fresa, parafusadeira, máquina de plaina desempenadeira, torno copiador para madeira, furadeira de impacto, entre outros acessórios e itens.


Histórico

Criado a 7 de dezembro de 2005, o Projeto Oficina escola é uma entidade sem fins lucrativos mantida com verbas do PROAC/ICMS – que prevê abatimento do imposto estadual a empresas que auxiliam projetos de cunho cultural, abatimento esse que é uma renúncia fiscal por parte do Governo do Estado de São Paulo.
O ProAC, Programa de Ação Cultural, foi criado pela Lei Estadual 12.268/2006.

Hoje, o Projeto atende adolescentes da rede estadual de ensino que tenham ao menos o 7º ano do Ensino Fundamental e que estejam frequentando a escola regular. Participam de aulas teóricas e práticas sobre Educação Patrimonial, Elaboração de Projetos, História da Arquitetura, entre outras disciplinas, que têm como objetivo capacitá-los a participar do mercado formal de trabalho da construção civil, representado pelas atividades de restauração, preservação e revitalização dos 235 imóveis históricos de Itu tombados pelos órgãos de preservação do Patrimônio Histórico, e 32 fazendas históricas dos séculos XVIII e XIX existentes no município. Tem-se por objetivo instrumentar os estudantes para atuar, futuramente, nas áreas de carpintaria, marcenaria, pintura e alvenaria, em setores voltados para restauração, preservação e revitalização do Patrimônio Histórico-Cultural, como forma de geração de renda.

A frequência regular e atestada da escola regular é condição fundamental para fazer parte do projeto. “Hoje, atendemos a 12 alunos. O número limitado nos permite focar mais na qualidade da formação desses adolescentes, aproveitando ao máximo nosso espaço e instalações”, explica Raul. “O Projeto Oficina Escola é desenvolvido com base em serviços socioassistenciais e em uma proposição pedagógica baseada na metodologia do ‘Aprender a fazer, fazendo’, buscando promover uma maior integração entre a teoria e a prática, entre as atividades artesanais e intelectuais. Cada participante também recebe uma pequena quantia mensal, em dinheiro, para auxiliar na renda doméstica.”

A duração total do curso é de dois anos. Após a formatura, uma nova turma é iniciada. Além da sala dedicada à marcenaria, o Projeto conta com ampla sala de aula e laboratório de informática com máquinas aptas a rodar programas para a elaboração de projetos, arquitetura e construção civil, como o AutoCAD e SketchUp. Atualmente, todos os profissionais que colaboram com o Oficina Escola são remunerados. “É uma forma de profissionalizar o projeto”, acrescenta Raul.

Para a manutenção do projeto, seu idealizador destaca o apoio do PROAC/ICMS, da Heineken (que comprou a Brasil-Kirin) e da Starrett, empresas sediadas em Itu, que tiveram participação decisiva na estruturação da Oficina Escola.

Da maior importância e significado é o apoio decisivo dado pelo Exército Brasileiro, acolhendo nas instalações do 2º GAC-L Regimento Deodoro as atividades letivas do Projeto, dando consistência e visibilidade à fase atual do projeto. “O quartel abriu as portas para nós, e vem nos apoiando bastante. Somos o primeiro projeto do 3º setor no Brasil a ser admitido e a operar no interior de uma instituição militar, o que configura uma situação pioneira em todo o País”, destaca.




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